Nosso objetivo com este Blog é tratar dos assuntos que envolvem o Ministério Pastoral em todas as suas áreas. Li com prazer este estudo sobre um assunto que tem sido introduzido em algumas igrejas de forma sutil. Este modismo vem dos movimentos neopentecostais dos EUA e, tem alcançado algumas igrejas pelo Brasil. Há muitos outros modismos rondando os arraiais eclesiásticos, porém este assunto implica na introdução de algo que pode ser considerado perigoso e prejudicial para os crentes e ouvintes da pregação da Palavra de Deus.
Li o artigo do Bispo Ildo Mello, muito bem fundamentado e analisado com esmero em seu perfil no Facebook. Solicitei sua autorização, que prontamente concedeu-me o privilégio de publicá-lo neste Blog que há muito tempo não recebia um artigo de peso direcionado especialmente para Pastores que amam apascentar o Rebanho de Cristo. Agradeço ao Bispo Ildo por sua gentileza. Leia com atenção. Boa leitura! Pastor Caleb
Li o artigo do Bispo Ildo Mello, muito bem fundamentado e analisado com esmero em seu perfil no Facebook. Solicitei sua autorização, que prontamente concedeu-me o privilégio de publicá-lo neste Blog que há muito tempo não recebia um artigo de peso direcionado especialmente para Pastores que amam apascentar o Rebanho de Cristo. Agradeço ao Bispo Ildo por sua gentileza. Leia com atenção. Boa leitura! Pastor Caleb
"Na busca pela edificação espiritual, é essencial que examinemos as práticas que se tornam comuns nas igrejas. Uma das tendências recentes que merece nossa atenção é a inclusão de música de fundo durante a pregação. Enquanto alguns veem isso como uma forma de criar uma atmosfera espiritual, é importante questionar se essa prática está alinhada com as Escrituras e a mensagem que buscamos transmitir.
1. A Base Bíblica da Música na Pregação 📖
É notável que a Bíblia não endosse a prática de ter música de fundo durante a pregação. Algumas pessoas podem citar o exemplo de Eliseu em 2 Reis 3.15, onde um músico foi chamado antes de ele profetizar. No entanto, é importante notar que esse episódio não estabelece um precedente para a pregação nas igrejas. Esse contexto é específico e não se refere à prática regular da pregação na adoração corporativa. Em vez disso, ele lida com uma situação única em que os reis procuravam orientação divina.
Além disso, ao examinar os relatos das pregações dos apóstolos em Atos e outras partes das Escrituras, não encontramos menção à necessidade de um músico durante a exposição da Palavra de Deus. A pregação nos tempos bíblicos e nas igrejas primitivas estava focada principalmente na proclamação das Escrituras e na explicação das verdades divinas, sem a inclusão de música de fundo.
Portanto, a ausência de exemplos ou orientações claras nas Escrituras sobre o uso de música de fundo na pregação levanta questões sobre a base bíblica dessa prática e incentiva uma reflexão cuidadosa sobre seu papel na adoração e pregação contemporâneas.
2. A Centralidade das Escrituras 📜
Devemos lembrar que nossa orientação principal deve ser as Escrituras, não nossas preferências pessoais. O fato de alguém gostar da música de fundo não a torna uma prática bíblica. Devemos sempre buscar aderir à Palavra de Deus em nossos cultos e na pregação, colocando-a como nossa principal fonte de orientação.
3. O Risco da Manipulação 🤔
Outra preocupação que surge com o uso de música de fundo na pregação é o potencial de manipulação. A música, especialmente quando tocada em tons menores, pode afetar as emoções das pessoas, tornando-as mais suscetíveis a aceitar as mensagens sem questionar. Isso pode levar a uma forma de "hipnose coletiva", onde ideias que não estão alinhadas com as Escrituras são introduzidas.
4. O Perigo da Distração 🙅♂️
A inclusão de música de fundo na pregação também pode criar distração. Enquanto a intenção pode ser criar uma atmosfera espiritual, muitas vezes a presença de música pode desviar a atenção dos ouvintes da mensagem central. Os crentes podem ficar tão envolvidos na música que perdem parte do conteúdo da pregação, resultando em uma experiência espiritual superficial.
A presença de música de fundo, especialmente se não estiver alinhada com a mensagem ou se for muito dominante, pode distrair o pregador, tornando mais difícil para ele manter o foco e transmitir a mensagem com clareza. Essa perturbação pode afetar a qualidade e a eficácia da pregação, minando a conexão entre o pregador e a congregação.
Além disso, é importante destacar que o músico, em sua imersão na melodia que toca durante a pregação, pode também ser inadvertidamente distraído, não conseguindo dedicar a devida atenção à mensagem.
5. A Diversidade da Congregação 🌍
Cada congregação é composta por pessoas com diferentes bagagens culturais, preferências musicais e sensibilidades. O que pode ser espiritualmente edificante para alguns pode ser perturbador ou irrelevante para outros.
✨Em última análise, o uso de música de fundo na pregação deve ser cuidadosamente considerado à luz das Escrituras, da diversidade da congregação e do potencial impacto na compreensão e na edificação espiritual. A busca por uma compreensão mais profunda das verdades bíblicas deve sempre ser o objetivo central da pregação, e qualquer elemento que não contribua para esse propósito deve ser examinado criticamente.
No serviço ao Senhor e Sua Igreja,
Bispo Ildo Mello
Rev. Ildo Mello é Bispo da Igreja Metodista Livre do Brasil.
(*) Publicado com a devida autorização do autor.