19 março 2012

Sugestão: Leia o livro - Não Quero um Pastor Bacana

Não é comum sugerir àqueles que acompanham meu Blog a leitura de livros. Porém, excepcionalmente, quero sugerir a você a leitura deste livro: "Não Quero um Pastor Bacana" por Kevin De Young e Ted Kluck, Editora Mundo Cristão.

Nestes tempos pós-modernos muitos que se chamam "góspeis" estão buscando jovens "pastores" com pinta de animador de auditório para liderarem igrejas que mais parecem auditórios de TV com a presença até mesmo de "bailarinas" do "ministério da Coreografia" (sic!) e uma grande ênfase "Judaizante". Silvio Santos, Faustão, Gugu e Faro que se cuidem... A concorrência está enorme.

Um amigo me disse que agora tem "igreja" procurando pastores com aparência "metrossexual"... Sinceramente, não consigo compreender o que isto tem a ver com o ministério de pastoreio de almas pertencentes a Cristo...

Leia a Sinopse do livro "Não Quero um Pastor Bacana"

"Um púlpito, um microfone e um pastor. Combinação que pode resultar em uma grande pregação ou num grande espetáculo.
Colocado em altos pedestais, acima de suas ovelhas e, em alguns casos, adorado como o próprio Deus, o sacerdote pode perder o foco de sua verdadeira missão, ministério e vocação - levando a própria igreja para um abismo repleto de beijos, sorrisos, roupa da moda, afagos e pouca base teológica.
Vivemos um tempo em que pastores e lideranças, em busca de programações atraentes, têm envolvido seus membros em um ativismo desgastante e uma espiritualidade rasa. Desta forma, perdem o foco da propagação do evangelho, enquanto investem tempo e dinheiro para lotar os bancos de suas congregações. O resultado disso é uma geração de cristãos aparentemente felizes, mas pouco familiarizados com os fundamentos bíblicos.
Kevin De Young e Ted Kluck sabem o quanto a Igreja tem padecido por essa postura, mas estão certos de que ainda é possível resistir à igreja emergente, moderna e "antenada" e resgatar a essência do cristianismo, sem tornar a igreja uma instituição antiquada e engessada.
Voltar às origens e resgatar o que foi perdido não é um retrocesso, mas sim um passo rumo ao futuro."

Final dos tempos...

Rev. Caleb Castellani

28 janeiro 2012

Ser Pastor: Muito Mais que Um Pregador

Quais são as responsabilidades do pastor, além de pregar e estudar?
A resposta para a sua pergunta está no título que você usou: pastor. Este título é cheio de significado e estabelece as principais responsabilidades de um ministro.

Uma das metáforas favoritas de Jesus para a liderança espiritual, uma que Ele utilizava freqüentemente para descrever a si mesmo, era a de pastor – uma pessoa que supervisiona o rebanho de Deus. Um pastor guia, alimenta, cria, conforta, corrige, e protege – responsabilidades que caem sobre todo líder de igreja. Na verdade, a palavra pastor quer dizer pastor de ovelhas.


"Como ovelhas perdidas, pessoas perdidas precisam de um resgatador – um pastor - para conduzi-las à segurança do aprisco."
Pedro escreveu estas palavras a presbíteros que deveriam estar familiarizados com ovelhas e pastoreio:
"Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, (...) pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.” (1 Pedro 5:1-4)

Para oferecer-lhe um quadro mais completo do seu papel como pastor, aqui vai um panorama sobre a natureza das ovelhas, a tarefa dos pastores, e como eles se comparam ao papel do pastor na igreja. Note os princípios de liderança eclesiástica que eles contêm. Eles determinam o que deveria preencher a sua agenda como pastor.


Pastores São Resgatadores
Uma ovelha pode estar completamente perdida a apenas alguns quilômetros de sua casa. Sem senso de direção e sem instinto para achar o aprisco, uma ovelha perdida normalmente ficará vagando de um lado para outro em um estado de confusão, desassossego, e até mesmo de pânico. Ela precisa de um pastor para trazê-la para casa.

E assim quando Jesus viu as multidões, perdidas, espiritualmente desorientadas e confusas, Ele as comparou a ovelhas sem pastor (Mateus 9:36). O profeta Isaías descreveu as pessoas perdidas como aquelas que, tal qual a ovelha, andam desgarradas - cada uma se desviando pelo caminho (Isaías 53:6).

Como ovelhas perdidas, pessoas perdidas precisam de um resgatador – um pastor - para conduzi-las à segurança do aprisco. Um pastor faz isso conduzindo os perdidos para Jesus, o Bom Pastor que dá Sua vida pelas ovelhas (João 10:11).


Pastores São Alimentadores
Ovelhas passam a maior parte das suas vidas comendo e bebendo, mas elas atentam para a sua dieta. Eles não sabem a diferença entre plantas venenosas e não-venenosas. Por isso o pastor tem que vigiar a dieta delas cuidadosamente e tem que proporcionar-lhes pasto rico em nutrientes.

Em Seu encontro com Pedro, descrito em João 21, Jesus apontou-lhe a importância de alimentar as ovelhas. Duas vezes em Sua ordem para Pedro, Jesus usou o termo grego bosko que significa "eu alimento" (vv. 15, 17).

"O recurso mais importante de liderança espiritual é o poder de uma vida exemplar."

O objetivo do pastor não é agradar a ovelha, mas alimentá-la. Não é coçar-lhe os ouvidos, mas nutrir-lhe a alma. Ele não deve oferecer meros lanches rápidos de leite espiritual, mas a carne substanciosa da verdade bíblica. Aqueles que não alimentam o rebanho são inadequados para serem pastores (cf. Jeremias 23:1-4; Ezequiel 34:2-10).


Pastores São Líderes
Pedro desafiou seus companheiros presbíteros a "apascentar o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele" (1 Pedro 5:2 - ARC). Deus confiou-lhes a autoridade e a responsabilidade de conduzir o rebanho. Os pastores são responsáveis pela forma como lideram, e o rebanho pela forma como segue (Hebreus 13:17).

Além do ensino, o pastor exerce liderança do rebanho pelo seu exemplo de vida. Ser um pastor exige viver entre as ovelhas. Não é tanto uma liderança vinda de cima, mas uma liderança vinda de dentro. Um pastor eficiente não reúne suas ovelhas vindo por trás delas, mas conduz o rebanho indo à frente. Elas o vêem e imitam suas ações.

O recurso mais importante de liderança espiritual é o poder de uma vida exemplar. 1 Timóteo 4:16 instrui um líder de igreja: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes."


Pastores São Protetores
Ovelhas são quase completamente indefesas - elas não conseguem chutar, arranhar, morder, saltar, ou correr. Quando atacadas por um predador, elas amontoam-se em vez de sair correndo. Isso as transforma em presas fáceis. Ovelhas precisam de um pastor que as proteja para que possam sobreviver.

Cristãos precisam de proteção semelhante contra o erro e contra aqueles que o disseminam. Os pastores impedem suas ovelhas espirituais de se desviarem, defendem-nas contra os lobos selvagens que de outra forma as destruiriam. Paulo preveniu os pastores de Éfeso a ficarem alertas e protegerem as igrejas sob o cuidado deles:

"Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles." (Atos 20:28-30).


Pastores São Confortadores
Ovelhas não possuem um instinto de auto-preservação. Elas são tão humildes e mansas que se você as maltratar, elas são facilmente esmagadas em espírito e podem simplesmente render-se e morrer. O pastor tem que saber os temperamentos individuais das suas ovelhas e tomar cuidado para não infligir tensão excessiva. Conseqüentemente, um pastor fiel ajusta seu conselho à necessidade da pessoa a quem ele está auxiliando. Ele deve “admoestar os insubmissos, consolar os desanimados, amparar os fracos e ser longânimo para com todos.” (1 Tessalonicenses 5:14).


O Bom Pastor e os seus "Subpastores"
Jesus é o exemplo perfeito de um pastor amoroso. Ele engloba tudo o que um líder espiritual deveria ser. Pedro O chamou de "Supremo Pastor" (1 Pedro 5:4). Ele é nosso grande Resgatador, Líder, Guardião, Protetor, e Confortador.

Líderes de igreja são "subpastores" que guardam o rebanho sob os olhos atentos do Supremo Pastor (Atos 20:28). Eles têm uma responsabilidade de tempo integral porque eles ministram para pessoas que, como ovelhas, freqüentemente são vulneráveis, indefesas, sem discernimento, e propensas a desviar-se.

Pastorear o rebanho de Deus é uma tarefa gigantesca, mas para pastores fiéis traz a rica recompensa da coroa imarcescível de glória que será concedida pelo Supremo Pastor quando Ele se manifestar (1 Pedro 5:4).

Se o seu pastor estiver levando a cabo os deveres requeridos no título do cargo que ocupa fielmente, lembre-se de seguir esta advertência da Bíblia:

"Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros." (Hebreus 13:17)

No Salmo 23 observamos a importância do Pastor para ovelha, é o Pastor quem checa onde sua ovelha tem se alimentado, se ela tem sido influenciada, se existe vestígios de larvas nos ouvidos de suas ovelhas...e se tivesse era necessário jogar azeite para que aquilo fosse expelido.

por  John MacArthur

***
Mas hoje é difícil encontrar Pastores com tanto zelo por suas ovelhas, somente aqueles que desenvolveram o caráter de Cristo em suas vidas que ainda conseguem ter essa preocupação com o seu rebanho, o cuidado pelas ovelhas tem se perdido no mundo de hoje, ficando evidente a falta desse caráter, falta de amadurecimento e interesses próprios. (Nota: Mulheres Com Propósitos)

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2009/12/muito-mais-que-um-pregador.html#ixzz1khDISDfr

23 julho 2010

Um apelo aos pastores

“Pastoreiem o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade” (1ª Pedro 5.2)


O pastoreio como metáfora para liderança é uma expressão recorrente nas Escrituras. Javé é o pastor de Israel. Líderes políticos também receberam esse mesmo título, mas foram rejeitados porque permitiam que suas ovelhas se dispersassem (Ezequiel 34). Jesus tomou sobre si a função de Bom Pastor, aquele que conhece, conduz, chama, ama, alimenta suas ovelhas e dá a vida por elas.


É comovente a maneira com que Pedro se dirige aos líderes da igreja.

Ele faz um apelo para que eles pastoreiem o rebanho de Deus, no entanto, esse era o seu ministério (“cuide das minhas ovelhas” [João 21.18]) quando o Senhor o chamou pela segunda vez, à beira do lago da Galiléia. É provável que Pedro estivesse pensando nisso quando fez o apelo para que os líderes da igreja pastoreassem o rebanho de Deus. Seu apelo inclui três antíteses:


Em primeiro lugar, os pastores devem ter um espírito voluntário.
Devem servir “não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer” (1ª Pedro 5.2). A simples idéia de servir a Deus por obrigação é grotesca.


Em segundo lugar, a motivação deles deve ser livre de qualquer interesse.
“Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir” (v. 2). No entanto, ao longo da história, têm surgido muitos interesseiros tentando ganhar dinheiro com o ministério. No mundo antigo, havia um grande número de impostores que ganhavam a vida se fazendo passar por mestres itinerantes. Paulo, entretanto, abriu mão de seu direito de receber ajuda (ex: a igreja de Corinto) e trabalhou para se sustentar, demonstrando assim que a sua motivação era sincera. Infelizmente, ainda vemos muitos evangelistas (?) mal intencionados buscando enriquecer por meio de apelos financeiros.


Em terceiro lugar, a conduta dos pastores deve ser humilde.
“Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho” (v. 3). Será que os pastores nunca leram este texto das Escrituras? Deus nunca nos deu uma procuração transferindo a igreja para nós. A igreja é Dele! Nós não somos donos de nada! Infelizmente, existem nos nossos meios verdadeiros coronéis da fé, caciques espirituais, que são chefes de tribos, e não pastores de ovelhas!


Jesus advertiu seus discípulos claramente sobre isso. “Os governantes das nações as dominam”, ele disse, e “exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês” (Marcos 10.42, 43). Ao contrário, os líderes cristãos devem exercer seu ministério com humildade. Eles devem liderar não pela força, mas pelo exemplo.


Ó Deus conceda-nos pastores segundo o teu coração (Jeremias 3.15)!


Por Pr. Marcello de Oliveira

Publicado em: "A Supremacia das Escrituras"

19 fevereiro 2010

O lado duro da liderança pastoral

Transcrevo aqui um texto que encontrei no Blog do Pr. José Vieira, que nos mostra como tem sido difícil para muitos pastores continuar pastoreando pessoas que, carnalmente, buscam reforços na política eclesiástica e não na oração.

"Se examinarmos cuidadosamente a vida dos líderes da Bíblia, principalmente as dificuldades que tiveram e os obstáculos que enfrentaram ao longo do seu ministério, nós, pastores da atualidade, poderemos entender melhor muitos dos problemas pelos quais já passamos, e até prognosticar realisticamente os obstáculos em potencial que ainda poderão se manifestar.


A liderança pastoral tem um lado duro, que colocará à prova muitas virtudes da fé cristã, como a perseverança, a paciência, o domínio próprio, a cordialidade, a confiança no Senhor e o amor às ovelhas. Esta constatação sobre a dura realidade da liderança pastoral, deveria também influenciar nas decisões que os aspirantes ao ministério precisam tomar quanto a manterem ou não suas investidas por se tornarem pastores.

Liderar a igreja de Cristo envolverá a necessidade de superação constante de obstáculos, assim como a necessidade de suportar, com longanimidade, os constantes sofrimentos que serão impostos nas mais variadas esferas desta experiência. Esta realidade é inerente à grandiosidade da tarefa e à desesperada oposição do inimigo, já derrotado, mas temporariamente ativo e aplicado a infringir derrotas aos homens de Deus chamados para pastorear Sua igreja que prevalecerá contra as portas do inferno.

Para suportar esse lado duro, o pastor precisará desenvolver uma "pele grossa" que resiste às inúmeras fontes que podem ferir até mortalmente os mais sensíveis e melindrosos, que logo se perceberão inaptos para o ministério, tamanha a dor que sentem.

Reflitamos em algumas experiências de líderes da Bíblia:

Quando Paulo escreve aos Coríntios, notamos que o apóstolo se defende de algumas críticas injustas que recebia ali. Em 1 Coríntios 9:1-2 Paulo se aplica a defender sua autoridade apostólica, não aceita por alguns crentes carnais daquela igreja. Em 2 Coríntios 10:8-11 Paulo se defende da acusação de ser duro por carta, mas frouxo pessoalmente.

As críticas são como pedras lançadas contra o pastor, visando machucá-lo quando atiradas diretamente ou visando machucar a sua imagem quando desferidas nas fofocas e maledicências praticadas pelas ovelhas menos maduras.

Algumas críticas terão fundamento, outras não. Algumas serão feitas para ferir outras ferirão mesmo que esta não tenha sido a intenção de quem a fez. Precisamos aprender a lidar com elas. Algumas serão proveitosas e fomentarão nosso crescimento, outras deverão ser tratadas como pecado e as medidas bíblicas contra elas deverão ser tomadas corajosamente, mas com o espírito de brandura típico dos maduros na fé, conforme Gálatas 3:1. Já outras, colocarão nosso ego à prova e desqualificarão rapidamente aqueles que não admitem, por orgulho próprio, que sejam atacados, contrariados ou mesmo rejeitados.

Igualmente tão desafiador quanto enfrentar críticas pessoais, quem desempenha a liderança pastoral também tem que tratar com as murmurações. Moisés experimentou essa dura realidade. Em Êxodo 15:24, 16:2, 17:3, Números 16:41 estão alguns relatos do povo murmurando contra Moisés e Arão. Em Números 21:5 vemos o povo murmurando contra o próprio Senhor, que os castiga com serpentes para que se arrependam da sua postura de reclamação.

O pastor sempre encontrará pessoas reclamando de alguma coisa, descontentes com alguma situação, preferindo que as coisas sejam diferentes do que são. A murmuração é uma manifestação de carnalidade, e muitas vezes ela vem de pessoas sobre as quais nutríamos uma expectativa de uma postura mais madura e tolerante, causando em nós frustração e eventualmente, dor por ter que lidar com elas.

E por mencionar manifestações de carnalidade, há de se lembrar que existem outras situações em que os mais carnais lançam comentários contundentes para machucar os pastores.

Lamentavelmente, tem se avolumado os casos de pastores injustamente perseguidos e até destituídos dos seus ministérios sem receber nenhum respaldo. Às vezes porque discordaram de algum membro ou líder influente, ou ameaçaram a hegemonia ditatorial de alguma família que quer exercer primazia, ou porque combateram alguma prática pecaminosa fazendo com que alguns se sentissem ameaçados e vulneráveis.

Há muitos "Diótrefes" por aí perseguindo injustamente homens de Deus, tal como aquele de 3 João, que boicotava os missionários que vinham de longe para pregar o evangelho, não lhes dando acolhida e proibindo o restante da igreja de os receberem, pois "gostava de exercer a primazia" e não dividia sua posição de honra com ninguém.

Neemias foi caluniado, como vemos em Neemias 6:6. Pessoas queriam causar-lhe mal (Neemias 6:2). Eles até subornaram profetas para lhe falar mentiras em nome de Deus, para prejudicá-lo. (Neemias 6:10-14).

Não é difícil entender que um pastor íntegro e comprometido com a Palavra de Deus torna-se facilmente uma ameaça em igrejas corrompidas pela carnalidade. Receber oposição covarde e agressiva nesse cenário não é um fato surpreendente.

A Palavra de Deus nos avisa, em 2 Timóteo 3:12, que todos que quiserem viver piedosamente serão perseguidos. No caso dos pastores piedosos, às vezes a perseguição vem de dentro da sua própria igreja!"

Por Vlademir Hernandes
Publicado em 28.09.2009
Extraído do Blog do Pr. José Vieira Rocha
http://www.vigiai.net

Concordo e assino embaixo,
Pr. Caleb

08 novembro 2009

Conhecendo o verdadeiro Servo de Deus pelos Frutos.

"Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus.
Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons.
Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."
Mateus 7:15-21

É curioso como temos uma grande quantidade de Obreiros (Pastores, Presbiteros e Diáconos) nas igrejas chamadas históricas. A maioria deles concentrados nos grandes centros.
Porém, vemos com pesar que o fervor evangelístico tem perdido o seu calor. Encontramos os tais lideres frequentando cursos e Conferencias com os titulos mais mirabolantes. E pouco ou nada acontece. Igrejas continuam diminuindo de quantidade de membros. Quanto mais "profissionais do púlpito" com todos os títulos comprados ou alcançados, temos menos conquista de almas para Cristo... Isto é muito grave!
Poucas são aquelas que tem um crescimento com mais de 5% ao ano. Li recentemente um Relatório de uma "Regional de uma denominação histórica" que demonstra em nas suas 35 igrejas houve um decréscimo na membresia. Constata-se que muitas igrejas apenas vegetam. E lamentavelmente algumas delas por pouco não voltam a ser congregações dependentes, pois seus membros se foram (muitos deles conquistados pelas "igrejas de pescadores-de-aquário" que pululam pelo país).
Glória a Deus, ainda existem exceções! Poucas são aquelas que mantem reuniões nas Casas dos crentes (Grupos Familiares ou Células) durante a semana. Poucas são aquelas que mantem reuniões de orações pela manhã ou à noite numa casa ou em um templo. Nestas, que conheço, e posso testemunhar pessoalmente - Há conquista de almas e o crescimento do povo de Deus vai acontecendo como consequência.
Aproveito para informar, antes que alguém me escreva anonimamente ou com um nome falso, dizendo que Crescimento de igreja é um termo criado por algum professor nos Seminários dos Estados Unidos. Não prezado leitor: Esta é uma expressão encontrada várias vezes no Livro dos Atos dos Apostolos 2:47; 5:16; 9:31; 12:24 (Foi o próprio Espírito Santo quem fez o escritor bíblico registrar sobre o Crescimento das Igrejas neo-testamentárias. Se não fosse importante para Ele nunca teríamos o registro).
A vontade de Deus, pelo que podemos entender, foi aquela que O levou a Entregar seu Filho Amado, para ser morto em uma cruz. Não foi para que Ele enfeitasse um presépio! Portanto nosso alvo em conhecer a Vontade de Deus é levar salvação para aquele que está perdido em seus delitos e pecados - O Pecador. Não compete a nós determinar quem será ou não será salvo. Devemos pregar o Evangelho (as Boas Novas) a TODA CRIATURA, a tempo e fora do tempo.
Tais lideres em sua grande maioria não estão buscando praticar esta vontade de Deus. Muitos deles estão cansados e deitados num sofá nas tardes de domingo ou estão preocupados em saber como vai a classificação do clube para o qual eles torcem.
Passaram a semana em seus gabinetes lendo ou estudando para mais um curso superior. Engordando sempre. E para desencargo de consciencia fizeram 3 ou 5 visitas a alguns frequentadores de sua igreja durante a semana. Nem que seja só pra tomar um cafézinho...
Mas, no domingo à noite ou pela manhã, um sermão preparado com a aplicação de quase todas as boas regras da homilética e da corrente teológica de algum escritor da idade média ou da atualidade, estará sendo proferido sem muito entusiasmo e com voz de sono em seu púlpito.
Calma querido, leitor! Quem ama a Igreja, fala francamente para Ela! Quem não ama, lisongeia...

Responda para si mesmo, estas solenes perguntas:
Será que é para, apenas isto, que Deus nos chamou para fazer em Seu Reino?
Você já fez Evangelismo pessoal neste ano? Quantas almas você levou a Cristo durante Um ano inteiro??
Você discipulou algum novo convertido durante o ano?
Ou apenas lecionou uma Confissão de Fé para alguns filhos de crentes que não fugiram da igreja?
Eu sei que estou sendo generalizador e muito duro. Na verdade existem alguns poucos que dão seu tempo, com boa qualidade e quantidade, sob muita oração, para a Causa de Cristo.
Quantos pontos de pregação foram criados e atendidos dominicalmente por tais líderes? (Ou será que você sabe apenas criar e enviar outros? Nunca mais você voltou para pregar aos perdidos daquela localidade que você "inventou"?)
Quantos Cursos de Alfabetização de Adultos, de Inclusão Digital (Informática), e outros cursos profissionalizantes você lutou para implantar em sua igreja a fim de servir e testemunhar, "na prática", para a população ao redor de sua igreja? Acrescento que, além de aproveitar o tempo ocioso do seu precioso e dispendioso "templo" que fica uma semana inteira, vazio entregue às moscas e lagartixas.
Quantas congregações foram acompanhadas durante a semana e também no domingo, pessoalmente por você, Pastor titular, e não apenas por aquele Evangelista leigo voluntarioso que você colocou e autorizou a atuar ali?
Quantas congregações foram organizadas em Igreja através do trabalho do pastor e do Conselho ou Diretoria da igreja e não simplesmente eles ficam em suas sedes querendo notícias e nunca vão pessoalmente ver e participar dos acontecimentos.


Louvo a Deus porque não me omiti em fazer mais do que apenas aquilo para o qual fui pago.
Não me preocupo com minha reputação ou a boa ou má impressão que terão de mim ou de meu ministério. Graças a Deus tenho temor a Deus e sei que estarei perante Ele para dar satisfação daquilo que Ele me incumbiu de fazer em Seu Reino. Desejo pelo menos receber um certificado do Senhor: SERVO INÚTIL porque sei que não fiz mais do que minha obrigação.
"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer". Lucas 17:10
Porém, vejo que poucos estão fazendo a Obra e a Vontade de Deus. Louvado seja Deus porque ainda existem estes poucos. E o povo das igrejas vai aceitando e tolerando... ou fazendo parte da onda...
Querido Pastor, qual é a sua motivação maior ao aceitar pastorear uma igreja? Estudar na cidade grande de sua denominação ou cumprir o ministério na igreja para a qual você trabalha? Estudar não é o problema. Mas, onde e com quem ficou o campo para o qual você disse a Deus que iria trabalhar?

Você tem frutificado no lugar (cidade) onde você está plantado?
Por amor a você e ao Ministério que Deus nos emprestou
Pastor Caleb Castellani

01 novembro 2009

PASTORES "LIGHT"

Alguma coisa está alterando conceitos e costumes dos "novos cristãos" dos dias atuais.

Tenho me deparado com homens que foram "guindados" socialmente com títulos de liderança religiosa em igrejas "evangélicas", históricas ou não, como "Pastor", "Bispo", "Evangelista" ou até mesmo "Missionário", que em suas maneiras de agir foge totalmente daquilo deixado registrado na Palavra de Deus.

Fico pensando como pode alguém que um dia sentiu o desejo de se tornar um pregador e foi separado em sua comunidade para o "sagrado ministério". Foi estudar em um Seminário, pois desejava "se preparar melhor" e depois que terminou - se é que alguém termina, foi examinado porque aprendeu a responder as perguntas teológicas e ao ser "aceito" foi ordenado "Ministro", e, com o passar do tempo perdeu o foco?

Certa vez conversando com um presbítero que estava com dificuldades em encontrar pastor para sua igreja, ele mencionou o desserviço de um determinado presidente de sínodo, também presbítero, que jurisdicionava seu presbitério: "Aquele homem sabe citar mais artigos da Constituição da denominação do que versículos da Bíblia. Penso que ele não conhece muitos princípios da Palavra de Deus. É um individuo focado em seus próprios interesses para se manter no poder." E concluiu, "Deus o converta!"

Pergunto "aos meus botões" como é que pode um indivíduo ter tido tantas oportunidades e desviar o FOCO que possivelmente possuía antes ou pelo menos enganava muito bem?

As oportunidades do obreiro cristão, são: Edificar a igreja trazendo estudos e mensagens que despertem o povo para o serviço cristão, evangelizar aos perdidos, conhecer profundamente a Bíblia para RESPONDER a todos aqueles que questionarem a "RAZÃO DE NOSSA FÉ", e para isto é necessário conhecer a "defender a fé que uma vez por todas foi dada aos santos" (Judas 3) e as doutrinas da Bíblia fazer visitas em hospitais, asilos e orfanatos, atender os carentes na alma para aconselhá-los e levá-los perante o Trono de Toda Graça.

Infelizmente, muitos "obreiros" são reprovados porque perderam de vista este tipo de trabalho e passam a se dedicar à "politicalha" eclesiástica, aos conchavos de bastidores e tornam-se "LIGHTS" como estão ensinando algumas linhas de pensamento para liderança de igrejas: não pregar sobre pecado, não mencionar os nomes dos pecados do homem moderno.
Não aceitam a Bíblia toda alegando que "determinadas ações de Deus foram apenas para aquelas épocas e hoje Ele não realiza mais aqueles atos".

Isto me leva a lembrar daquele lindo cântico inspirativo do Pr. Paulo César do Grupo Logos:


"Obreiro aprovado"

Você lembra quando foi
Que o Senhor o separou
Dentre todos os amigos,
Dentre os entes mais queridos?
E lhe encheu a alma toda de paixão tão desmedida
Pelas almas, pelas vidas,
Que não sabem pra onde vão?
Mas o tempo foi passando,
E a paixão se esfriou...

Óh meu Senhor,
Responda-me: Por que?

Você precisa ser obreiro aprovado
E não ser acusado por ninguém.
Andar como meu filho andou
E amar com o genuíno amor
Que eu lhe dei. Mas...
Se me buscar na Palavra, de coração na palavra,
Eu dou-lhe Minha palavra:
Me achará, e aprovado será.


Entendo que este cântico fará sentido para aqueles que tem temor de Deus e amam a Deus. E que um dia realmente foram separados pelo Senhor para Serví-LO em Sua Seara. Para os que se enganam e enganam o rebanho de Deus, não fará sentido algum.

Meu parceiro de Ministério Pastoral, pergunto a você:
Você mudou o foco de seu ministério pastoral para atender algumas conveniências e se manter na liderança de alguma igreja?
Qual a motivação para você estar na cidade em que você está? O Campo (A Obra de Deus) ou alguma conveniência para seus próprios estudos e os estudos de seus filhos?
Você continuará sendo aquilo para o qual foi preparado ou já nem se lembra o quê foi que o levou a ser "pastor"?

A única maneira de alguém retomar as metas para quais foi preparado é se tiver "TEMOR DE DEUS". Se não tiver não haverá remédio. O destino será aquele perante o qual todos estaremos perante: O JULGAMENTO FINAL DE CRISTO.
E aqueles que foram fiéis ao Seu Senhor que os Vocacionou (chamou) e os colocou na Seara e cumpriu-a cabalmente, ouvirão:
"Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
“Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’
“O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’." (Mateus 25:34-40 NVI)

Os que foram "LIGHTS" ou politiqueiros, isto é, nunca foram convertidos, apenas aderentes chegando a liderar uma associação religiosa, ouvirão: "Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram’. Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos?’ “Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: O que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo’. “E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”." (Mateus 25:41-46)

Com certeza os "farizeus de plantão" se levantarão para questionar dizendo que estes não poderão ser pastores de denominações históricas e "bíblicas" (como se isso fosse imunidade para a perfeição).

No julgamento final, veremos!

O importante é que esta mensagem leve muitos a buscar servir ao Senhor com Zelo:
"Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se. Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez." (Apocalípse 22:11-13 NVI).


Por amor,
Pastor Caleb Castellani

Soli Deo Gloria!

Já escrevi um outro post sobre outra categoria de "Pastores Light" Clique aqui para ler






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28 maio 2009

Pastor diz: "ESTOU DESANIMADO COM A IGREJA"

A propósito do texto que encontrei no Blog "Reflexões Bíblicas" - SOLDADO FERIDO e uma citação desconhecida, porém muito verdadeira: "A igreja é o único exército que abandona os seus feridos em combate", resolvi publicar novamente um texto que havia retirado.

Estou surpreso e ao mesmo tempo consternado. Apesar de já ter visto de tudo...

Extraí o texto do site “Presbiterianos On-line” do qual faço parte. http://presbiterianos.ning.com/profiles/blog/show?id=2370668%3ABlogPost%3A83222&xgs=1

“Oi, a graça.
Nem sei se você lerá esta mensagem, mas, enfim, preciso desabafar. Há anos pastoreio a igreja. Estudei muito para chegar onde cheguei, acreditando que o estudo me daria boas condições para exercer um ministério profícuo, de alto nível, e, principalmente que a igreja seria alimentada, e saciada, sempre quisesse mais de mim.

Por outro lado, estudei também porque no mundo em que vivemos, as pessoas são respeitadas pela bagagem que possui, pela instrução adquirida sob muito esforço e dedicação; porque se o mercado de trabalho está tão exigente quanto á qualificação profissional, acredito que eu preciso oferecer o melhor para Deus, não no céu, lá Ele não precisa de mim, mas aqui, na Sua igreja, onde Ele conta comigo, assim, pensei: "se serei um pastor, preciso ser o melhor".


O Seminário me ensinou muita coisa em 5 anos de Graduação em Teologia: Grego e Hebraico, Heresiologia, Homilética, Filosofia, Psicologia, Missiologia, Português, Hermeneutica...que saudade. Meus professores e professoras foram pessoas muito dedicadas no ensino, quero aqui agradece-los(as).

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Eu amo o ministério. Pregar a palavra me é um enorme prazer. Visito as ovelhas. Amo-as. Mas nestes momentos tenho só vontade de chorar. Trabalhei todo este tempo na igreja porque acreditava que a igreja poderia crescer, que as almas poderiam ser alcançadas, e que eu poderia falar de Deus para um número maior de pessoas. O sermão é sempre meticulosamente preparado, e prego-o com tamanha altivez que me falta a voz no dia seguinte. Que bênção pregar a Palavra!

Hoje, não sou tão jovem quanto quando iniciei esta caminhada. Se pudesse, gostaria de indicar uma outra disciplina para o Seminário, uma disciplina que preparasse os futuros pastores para os fracassos ministeriais; uma matéria que dissesse aos futuros pastores que eles não seriam amados nas igrejas que fosses pastorear, porque o seu salário abocaria uma fatia da arrecadação da igreja, e esse dinheiro seria melhor se ficasse na conta bancária da igreja, rendendo o prazer de relatar aos concílios os valores aplicados nas agências bancárias. Uma matéria a mais seria interessante para esclarecer aos futuros pastores que eles serão como os técnicos de futebol, não no que diz respeito ao salário, nem aos contratos, mas quanto aos resultados, ou seja, se não produzir (sozinho) ele será descartado, pois "gente desempregada" tem muitos, e é só estalar os dedos que muitos aparecem, até para ganhar um pouco menos. Assim eles não se assustariam em ter que trabalhar sozinhos e ainda assim, serem demitidos por perderem duas seguidas.

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Mas se ainda me permitem, gostaria de indicar somente mais uma matéria. Uma que nos deixasse como "calos" endurecidos, sem sensibilidade, quem sabe uma disciplina que nos tirasse o coração de carne, e implantasse um "chip", daqueles liga-desliga, apaga, deleta. Desta forma pastores enfartariam menos, chorariam menos, sofreriam menos, desanimariam menos.

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Acho que a culpa é minha mesmo. Nunca meus professores disseram que eu deveria ter esperança, que eu deveria confiar na igreja, que eu seria amado e respeitado só por ser um pastor. O que é ser um pastor?! Ser pastor... é ser nada! A culpa é minha mesmo. Eu é que me iludi com aquilo que ninguém disse que aconteceria, foi somente coisa da minha cabeça, por isso estou sofrendo agora. Quem sabe chegou meu tempo. O tempo de eu entrar em minha caverna pessoal como Davi, como Elias, e esperar a morte chegar. Ela é o fim, talvez um novo começo.

Ah como eu almejo esta nova terra.


O amanhã não me pertence...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...
Se você está lendo estas palavra, queria te dizer, não perca seu tempo. É apenas um desabafo. Pastor não tem com quem falar mesmo, ele sofre sozinho. Às vezes não desabafa com a família para não faze-la sofrer, e não desabafa com a igreja, porque ela é a sepultura de muitos deles, assim, a gente tem medo.

Só quero entrar em minha caverna e chorar. chorar na minha velhice por acreditar tanto, por sonhar tanto, por sofrer tanto...

Essa é minha caverna, por favor, deixe-me sozinho. Como sempre estive no ministério, terminarei os meus dias...sozinho, sonhando...

...Mas, nunca estive tão desanimado com a igreja...


Desculpe, não posso escrever meu nome. Não posso demonstrar tristeza, desânimo, lágrimas. A igreja não quer homens, ela quer "super heróis", e, para eles eu sou um. Assim, não posso mostrar minha verdadeira identidade, senão eles me dispensam.

Um pastor, velho, sonhador”.


Postado pelo Rev. Alexandre Ferreira Pevidor em 25 maio 2009
Blog do Rev. Alexandre Ferreira Pevidor

http://presbiterianos.ning.com/profiles/blogs/estou-desanimado-com-a-igreja
Extraído do “Orkut” dos Presbiterianos On-Line

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“Agora dou meu pitaco:

Pois é gente... e eu que também pensava que estava sozinho nessa decepção...


Com a "igreja, Instituição dos homens", cheia de donos. Que oram a Deus, mas "trançam seus pauzinhos" e depois dizem que Deus fez o melhor... Homens que não levam Deus a sério e se mancomunam com grupos secretos e obscuros. Com esta eu não estou desanimado, estou sim, sem qualquer esperança.


Porém com a Igreja - Corpo de Cristo, Triunfante, e que nunca recua, mas só avança contra as portas do inferno. Que nunca negocia conveniências com as trevas. Esta sim nunca me desanimou nem desapontou. É ao Senhor desta Igreja, com I maiúsculo a quem sirvo e nunca me desamparou. Aleluia!

Abraços,
Caleb

16 janeiro 2009

UM PASTOR DE CORAGEM

Interessante oração feita em Kansas na sessão de abertura do Senado deles. Parece que oração de confissão de pecados ainda chateia muitas pessoas.

Quando pediram para o Ministro Evangélico, Rev. Joe Wright, abrir a nova sessão do Senado do Kansas, todos estavam esperando o tradicional discurso, mas ao contrário,  foi esta oração de confissão dos pecados que eles ouviram:

"Pai celeste, nós estamos diante de Ti hoje para pedir Teu perdão e para buscar Tua direção e liderança.

Nós sabemos que Tua palavra diz, 'Cuidado com aqueles que chamam o mal de bem,' mas isto é exatamente o que temos feito.

Nós perdemos nosso equilíbrio espiritual e revertemos nossos valores.

Nós exploramos os pobres e chamamos isso de loteria.

Nós recompensamos preguiça e chamamos isso de bem-estar.

Nós cometemos aborto e chamamos isso de escolha.

Nós matamos os que são a favor do aborto e chamamos de justificável.

Nós negligenciamos a disciplina de nossos filhos e chamamos isso de construção de auto-estima.

Nós abusamos do poder e chamamos isso de política.

Nós invejamos as coisas dos outros e chamamos isso de ambição.

Nós poluímos o ar com coisas profanas e pornografia e chamamos isso de liberdade de expressão.

Nós ridicularizamos os valores dos nossos antepassados e chamamos isso de iluminismo.

Sonda-nos, oh, Deus, e conhece os nossos corações hoje; nos limpa de todo pecado e nos liberta.

Amém!"

A resposta foi imediata.

Um número considerável de legisladores saíram durante a oração em forma de protesto. Em 6 semanas, a igreja chamada Central Christian Church, onde o Rev. Wright é pastor, recebeu mais que 5.000 ligaçoes e apenas 47 foram negativas. A igreja agora está recebendo pedidos internacionais de cópias desta oração, como a Índia, África e Korea.

O comentarista Paul Harvey colocou essa oração no ar no seu programa de rádio 'O Resto da História', e recebeu o maior índice de ouvintes que o seu programa já teve.

Com a ajuda do Senhor, deixe essa oração ir para todo o canto da nossa nação. Para que essa oração, novamente, de todo o nosso coração volte a ser nosso desejo, para que possamos ser chamados 'uma nação dirigida por Deus'

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01 maio 2008

Por quê alguns pastores não se reúnem com outros pastores?

Por Rev. Josimar Salum
É muito comum nos encontros de líderes, especialmente de pastores, preletores nem sempre ministrarem para satisfação geral, mesmo porque os ouvintes vêm de diversas denominações, crêem diferentemente dos outros, têm estilos e gostos distintos que são mesmos peculiares a cada um.

Entretanto, isto é perfeitamente compreensível para cada um daqueles que decidiram valorizar mais os relacionamentos, respeitando as pessoas pelo que elas são, do que pelas suas formações religiosas, crenças, estilos e gostos peculiares.

Contudo é comum algum líder discordar do que ouviu, ofender-se com alguma posição compartilhada e rejeitar o estilo do preletor e a partir daí, infelizmente, nunca mais voltar ao encontro, rejeitando radicalmente a oportunidade de relacionamento com outros líderes, irmãos em Cristo.

Tenho observado na caminhada de relacionamento com líderes cristãos de várias nacionalidades que o egoísmo, a intolerância, a arrogância, o exclusivismo, o espírito crítico e a desobediência a Palavra de Deus têm desempenhado papéis preponderantes na disseminação de contendas, divisões e insucesso dos encontros entres líderes.

O Espírito Santo determina que a única licença que temos para recusarmos a associação é com aqueles que dizendo-se irmãos, são devassos, ou avarentos, idólatras, maldizentes, beberrões, roubadores. (Conf. I Cor. 5:9-11)

O egoísmo evidencia-se nas agendas próprias, no discurso mascarado de “Reino” quando o que se promove mesmo é o “reino pessoal”, com a promoção exclusiva de programações pessoais e personalistas. A compreensão do que é o Reino de Deus e como se manifesta é essencial para romper com estes comportamentos egoístas que impedem a comunhão com os irmãos.

A intolerância se manifesta na impaciência para com os erros dos irmãos, pela incompreensão de que todos, inclusive nós, temos o direito de pensar e falar diferentemente. Falta espírito de mansidão para encaminhar aquele que foi surpreendido em alguma falta. (Conf. Gal. 6:1). A humildade e o quebrantamento de nosso coração rompe com toda a intolerância, quando reconhecemos que Deus nos aceita como somos, e nos recebe como filhos pelos méritos exclusivos de Jesus Cristo, Aquele que não se envergonha de nos chamar de irmãos.

A arrogância combinada ao orgulho, demonstrados no sentimento de superioridade, na exibição inconveniente de mostrar-se que é melhor e na falsa percepção de auto-importância isola o líder dos outros, e o impede de desfrutar do privilégio da comunhão. É urgente tomar e cingir-se com a toalha de Jesus e abaixar-se para lavar os pés dos irmãos. Servir é a vocação maior do Ministro de Cristo. É a vocação maior de Seus discípulos. Quem não serve não é discípulo DEle, muito menos ministro.

O exclusivismo se manifesta no excessivo particularismo voltado para o ministério pessoal ou da denominação, inflado pela percepção falsa de que se é suficiente para fazer a obra de Deus, é melhor do que os outros e que os outros não sabem tanto. A simples compreensão de como funciona o Corpo de Cristo eliminaria todo exclusivismo, pois individualmente somos de fato membros uns dos outros. E se não somos membros uns dos outros não somos do Corpo.

O espírito crítico é claramente percebido nas conversas entre líderes. Parece que se tornou um hábito indispensável. A Palavra de Deus declara: “Examinai tudo e retende o que é bom.”(Conf. I Tess. 5:21) Porém muitos líderes geralmente examinam tudo e retêm o que é ruim. A intolerância gerada por este criticismo impiedoso têm condenado muitos preletores ao descrédito, simplesmente porque uma ou duas de suas expressões em seu ensino ou pregação não foram apropriados. Revestir-se da verdadeira humildade é a cura para esta enfermidade da alma, pois leva a reconhecer quem somos e a perceber que também erramos.

Jesus orou ao Pai pela Unidade de Seus discípulos. É desobediência e rebelião a Sua vontade recusar a participar da comunhão dos santos na cidade. Todo esforço deve ser empreendido por cada um de nós para promover reconciliação e a união dos irmãos. Sem comunicação isto não é possível. Nossa indiferença não nos isenta de nossa responsabilidade. Não enxergar esta verdade é miopia espiritual. É não enxergar a amplitude e a diversidade do Corpo de Cristo. É preciso, pois, obedecer a Jesus. Para que todos os Seus discípulos sejam um.
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Leia e tire suas conclusões. Aguardo o seu comentário.
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(*) Extraído de “TRANSFORMANDO” publicado pelo Ministério GREATER REVIVAL MINISTRIES (Advancing God's Kingdom Transforming Society)

Por quê alguns pastores não se reúnem com outros pastores? (Comentário)

Palavra do Pastor Caleb Castellani: (Meu Comentário)

O artigo do Pastor Josimar Salum me levou a fazer as seguintes considerações.

Não as faço com ressentimentos ou mágoas. Eu as venço com o amor que Deus tem colocado em meu coração, até mesmo pelos meus possíveis algozes.



É apenas uma constatação inequívoca!
Ao longo de meus 29 anos de ministério pastoral, tenho tido o privilégio de participar de Encontros de Pastores – SEPAL, VINDE e FIEL. Lá, fazia ótimos contatos e novas amizades, e reencontrava os meus queridos amigos. Só não tenho participado mais porque não tenho o necessário para pagar as inscrições. E algumas vezes fui convidado para ministrar nos Pequenos Grupos alguns dos temas de minha especialidade: Seitas e Heresias e sobre Família. Sempre fui muito edificado nestes Encontros tanto na comunhão como pelas palestras. Retornava para meu trabalho pastoral com as baterias recarregadas e com muito entusiasmo para o dia-a-dia.


Sempre percebi nitidamente o que o Pr. Josimar Salum colocou com tanta felicidade em seu texto.


Desde o inicio de meu ministério, carrego comigo um "santo orgulho" por ter sido, nas mãos de Deus, um agente conciliador e agregador. Sempre gostei da Evangelização Pessoal e em Massa. Tive o privilégio de motivar os pastores de diferentes denominações evangélicas, tradicionais e pentecostais, a se juntarem para realizarmos um trabalho de Evangelização conjunta.

Até aquela época era literal o ditado popular "Cada um na sua e Deus pra todos". Era 1980, em Guaianazes, no extremo da Zona Leste de São Paulo, onde lá eu era pastor da pequena Igreja Presbiteriana Independente. Alguns pastores rejeitaram a proposta de um trabalho conjunto em praça pública, porque não concordavam em juntar-se com outros pastores de denominações diferentes.


Senti na pele aquilo que o Pr. Salum coloca com propriedade em seu artigo.

Depois de 4 anos deixei aquela pequena igreja e me tornei conferencista na área da Apologética sobre Seitas e Heresias. Fui um dos fundadores, pesquisador e preletor do ICP – Instituto Cristão de Pesquisas em São Paulo. Continuo fazendo meu trabalho nesta área, mas agora de forma independente.

No final dos anos 80, fui convidado para ministrar um Curso sobre Como Responder às Testemunhas de Jeová, Mormonismo e outros temas, na Igreja Cristã e Missionária em Maringá, no Estado do Paraná.

Os irmãos que lotavam o templo estavam felizes por estudarem mais detalhadamente sobre os assuntos e participavam com entusiasmo da conferência. Porém o pastor daquela pujante igreja estava abatido. Ele me disse consternado que era porque os outros pastores da cidade foram desestimulados por um determinado pastor de influência entre eles a não comparecerem, e ainda mais, que  aquele líder também não recomendava que as demais igrejas participassem. Aquele líder ("maldizente" conforme I Cor. 5:9-11) agiu como agem as "fofoqueiras de plantão", isto é, falam de quem nem mesmo conhecem. Estudou na mesma faculdade que eu, mas não me conhecia.

O pastor me disse que se não me conhecesse pessoalmente, até mesmo cancelaria o convite para eu ministrar em sua igreja.


Nossa esperança é a Vinda do Supremo Juiz

Como sempre, fui muito bem recebido e acolhido por todo o Brasil, por onde quer que fosse convidado a ministrar minhas conferências. Aquilo me entristeceu, mas não me abateu.

Apenas me ajudou a perceber que nem todos os “irmãos” estão em sintonia com os propósitos da Evangelização, das Ações Missionárias e do Reino de Deus. Muitas vezes, sem o saber, eles estão colaborando com o reino das trevas.

Veja o leitor como alguns “preconceituosos, orgulhosos, arrogantes e prepotentes ‘servos’ de Deus” podem ser tão mesquinhos a ponto de criarem barreiras e divisões no corpo de Cristo. Muitos destes estão associados a seitas secretas e gozam do reconhecimento e da simpatia do inocente povo evangélico.

Porém, um dia o Justo Juiz julgará todas as obras daqueles que O Servem com integridade e daqueles que DIZEM servi-lo e fazem um desserviço ao Reino de Deus.

Aguardo o seu comentário.

24 março 2008

CUIDADO COM OS "PASTORES" MERCENÁRIOS !

Encontrei o texto abaixo no site "Palavra Revelada". Não havia o nome do autor. Parece ter sido escrito por um leigo, mas vale a pena fazermos uma reflexão sobre o Pastoreio de Almas:

"MERCENÁRIO no dicionário Aurélio quer dizer: “Que ou quem trabalha por soldo, ou só pelo interesse da paga”.

O mercenário não é um assassino não é um ladrão e não é nenhum tipo de malfeitor, é tão somente uma pessoa que trabalha, somente pelo interesse da paga. De preferência, quer salário integral pra fazer de conta que faz alguma coisa...

Se algum dia, por algum motivo, um empresário pedir para seus empregados ficarem, por algum tempo, sem ganhar salário, quantos aceitariam? Acredito que ninguém!

Assim podemos dizer que: Nossa sociedade, está repleta de mercenários. Pois não podemos viver sem o dinheiro.

É por isso que mercenário, não é um malfeitor, ao contrário do que se pensa é uma pessoa digna, como qualquer bom cristão.

No Evangelho de João, Jesus nos apresenta o Mercenário.”Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor, dá sua vida pelas ovelhas”.”Mas o Mercenário, que NÃO É PASTOR, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge, e o lobo as arrebata e dispersa” (João 10.11 e 12).

Neste capítulo, Jesus nos ensina que todos os que vieram antes Dele, eram ladrões e salteadores, mas depois de Jesus, conheceríamos o mercenário. Quem é o mercenário? Porque Jesus quis mostrar este personagem? Vamos estudar o texto!

1) “Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor, dá sua vida pelas ovelhas”.Jesus foi direto ao ponto mais importante, pelo qual veio a este mundo, que é resgatar, as ovelhas perdidas, com esta declaração revelou sua disposição de morrer por elas. E quem seriam estas ovelhas? São todos os que o receberam, como salvador pessoal de suas vidas, portanto, Jesus é o eterno Pastor, e dono das ovelhas.

2) “Mas o Mercenário, que não é pastor”.
Com estas palavras, Jesus foi muito duro, com qualquer um que por acaso, TENTA-SE OCUPAR O SEU LUGAR DE PASTOR. E com estas palavras quebrou a autoridade do mercenário que não pode de maneira nenhuma, dominar, escravizar, criar leis ou extorquir as ovelhas do Senhor Jesus.

3) “De quem não são as ovelhas”?
Já sabemos que, JESUS É O DONO DAS OVELHAS. O texto também mostra que o mercenário esta trabalhando, e qual seria este trabalho? A sua profissão, o texto nos revela que ele também é PASTOR de ovelhas. Ou seja, ele estava sendo pago, para cuidar de um rebanho que não era seu.

4) “Vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge”. Por não ser o dono das ovelhas, o mercenário, jamais coloca sua vida em risco, para tirar uma ovelha das mãos do lobo. É comum do ser humano, frente a grande pressão, fugir. Jesus tinha doze discípulos, mas na hora de ir para cruz, todos fugiram e Ele ficou sozinho.

“O mercenário foge porque é mercenário, e não tem cuidado com as ovelhas” (Jo 10.13). Quando as pessoas estão com problemas na maioria das vezes, são abandonadas por seus “pastores”. Poucos são os pastores que enfrentam grandes lutas para defender as ovelhas de Jesus.

5) “E o lobo as arrebata e dispersa”.
O lobo deste texto é uma figura de satanás, que a todo tempo tenta destruir as ovelhas do Senhor Jesus.

Jesus disse a Pedro : “Apascenta as minhas ovelhas”. (Jo 21.17). Jesus ordenou a Pedro ser pastor, mas o texto deixa claro que as ovelhas são de Jesus e não de Pedro. A Bíblia dá autorização, para que homens, trabalhem como pastores. (Ef 4.11), e também aprova que eles ganhem salários para realizar este trabalho. (1 Tim 5.18-20). E é por isso, que não ficou muito difícil de entendermos o que Jesus quis nos ensinar, falando a respeito do MERCENÁRIO.

O que estou tentando mostrar é que não está errado ser pastor, e nem ganhar salário, o errado é que muitos dos pastores, de hoje, estão vivendo totalmente fora das ordenanças que receberam de Jesus e dos apóstolos, pensam que são donos das ovelhas, e muitos só estão preocupados com seu próprio bem estar, no dinheiro que ganham, e nas suas mordomias, nos cursos e diplomas e não estão cuidando das ovelhas do Senhor.

Muitos colocam fardos enormes, para as ovelhas de Jesus carregarem, mas eles mesmos não as carregam, e na autoridade que recebi da palavra de Deus vou classificá-los como MERCENÁRIOS: Aquele que trabalha, apenas pelo dinheiro."
(O texto continua, mas paro por aqui.)

Interessante notar que o Pastor que obedece o Supremo Pastor, procura alcançar ovelhas desgarradas. O Mercenário contenta-se com "seu" pequeno rebanho e ali apenas engorda. Não pensa em Evangelização e muito menos em Missões.
Ajudar aos Evangelistas e Missionários? Nem pensar!


Porém, o Pastor verdadeiramente vocacionado, visita suas ovelhas quer estejam num condomínio de luxo ou em uma humilde moradia na favela. Ele procura variar a pastagem e procura dar alimentação saudável ao Rebanho do Senhor. O Mercenário fica em seu gabinete e sempre oferece a mesma água e o pasto de sempre.

Pastor, sejamos pastores de fato, conforme o Senhor do Rebanho exige de nós em Sua Palavra!

Saudações do companheiro de Seara,
Pastor Caleb


SDG - Soli Deo Gloria!

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05 março 2007

SOBRE PASTORES E LOBOS

Gostei muito deste texto do Pastor Osmar Ludovico, que apresenta uma comparação do Pastor vocacionado com aqueles que agem como verdadeiros lobos (Profissionais dos Púlpitos) nos meios cristãos.


"Pastores e lobos têm algo em comum: ambos gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos pra saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos. No entanto não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitarmos o discernimento para descobrir quem é quem.

Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem a sombra da cruz, lobos vivem a sombra dos holofotes.
Pastores choram por suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorarem.
Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
Pastores olham nos olhos, lobos contam as cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
Pastores têm senso de humor, lobos levam a sério.
Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar em secreto, lobos só oram em público.
Pastores vivem pra suas ovelhas, lobos se abastecem de suas ovelhas.
Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos pelo das ofertas.
Pastores apontam para Cristo, lobos apontam pra si mesmos.
Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés na estrada, lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça,lobos vivem sem lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores têm compromisso com o Reino, lobos têm compromissos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilidade.
Pastores confessam os seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
Pastores têm dons e talentos, lobos têm cargos e títulos.
Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igreja comunidade, lobos dirigem igreja- empresas.
Pastores pastoreiam ovelhas, lobos seduzem ovelhas.
Pastores trabalham em equipes, lobos são prima-donas.
Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam a co-dependência.

Os lobos estão entre nós é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores". (Mateus 7.15 )"

23 janeiro 2007

PASTORES CORROMPIDOS

Trago a você, prezado leitor, um texto que reflete muito bem o que acredito o que é, e aquilo que não é: o Pastorado. Infelizmente, não recebi o nome do autor para dar o devido crédito. Posteriormente, o farei, assim que descobrir quem foi o seu autor. Eu o recebi no original e procurei adaptá-lo o mais fiel possivel em seu sentido:

"Duas atitudes são nocivas no pastorado: fazer por obrigação e servir em busca de beneficio pessoal implícito.

Com base no texto Bíblico: "pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho." 1ª Pedro 5:2-3

Permita-me retomar o sentido primário do termo “corrupto”, que se refere a algo que perdeu a pureza do seu estado original. Neste sentido, o texto da 1ª carta de Pedro identifica claramente as formas que a vocação de um pastor pode chegar a adulterar-se. Isto acontece quando se adota um estilo de liderança que é completamente contrário aos princípios exemplificados por Jesus, o modelo sem igual daquilo que significa ser Pastor.

Pedro afirma que o trabalho do pastor é o de apascentar o rebanho, uma tarefa que deve ser desempenhada com ternura e de forma totalmente voluntária. Significa que nenhum pastor deve sentir que está realizando uma obra por obrigação, senão que a faz pura e exclusivamente por convicção pessoal, nascida de um chamado celestial. Aquele que pastoreia por obrigação (ou profissionalmente), executa as tarefas que lhe compete, porém deixa de lado seu coração porque não tem convicção naquilo que faz. Quando isto acontece, o pastoreio se transforma em um simples trabalho, no qual o objetivo é simplesmente cumprir com as obrigações.

É igualmente nocivo para os pastores, servir pelo beneficio que podem tirar para sua própria vida. Embora Pedro fale do beneficio econômico, não queremos limitar-nos a este aspecto porque o pastorado pode servir para construir uma reputação, ganha-se o afeto das pessoas ou ajuda a alcançar determinados privilégios associados a esta função. Tudo isto desvia o servo de sua função principal, que é velar pelos interesses daqueles que Deus lhe confiou.

Pedro também adverte contra este flagelo nas igrejas do nosso tempo - os pastores se apropriam de suas congregações. Estes são aqueles que crêem que as ovelhas lhes pertencem e que elas não podem fazer nada sem antes receber a devida autorização do pastor. Este modelo se desvia claramente do pastor conhecido em Israel – uma pessoa que raramente cuidava de suas próprias ovelhas. Trabalhava tão bem para outro que devido a sua boa condição econômica, podia dar-se ao luxo de contratar alguém que pudesse fazer o seu trabalho.(*) Da mesma forma que o pastor que trabalha para o Reino de Deus não é o dono da vida daqueles que ele pastoreia, senão que os cuida e alimenta para Aquele que as comprou com Seu próprio sangue. Não sonha, nem por um momento, em assumir a postura de “senhor”, um título reservado somente para o Filho de Deus. Por isso, seu pastorado se caracteriza por um estilo cheio de graça e misericórdia, sabendo que cada pessoa tem a mesma liberdade de apresentar-se diante do Pai Eterno, assim como Ele mesmo lhe concedeu. Ele ama profundamente a cada ser humano porem nada lhe impõe. A necessidade de controlar e restringir a liberdade das pessoas é a mais clara manifestação de um amor mesquinho e cheio de temores."

Para pensar: "O dever nos leva a fazer bem as coisas, porém o amor nos leva a fazê-las com graça". - P. Brooks

(NT - Titulo no Original: "Pastores Corruptos". Traduzido pelo Rev. Caleb. Autor desconhecido)

(*) Neste ponto fica mais claro para a compreenção do leitor se observar as palavras de Jesus: "Mas o Mercenário, que não é Pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge, e o lobo as arrebata e dispersa". Evangelho de João 10:12

04 dezembro 2006

A Escolha do Pastor e O Mito da Grama mais verde.

Há muito tempo foi lançado um ótimo livro sobre casamento, "O Mito da Grama mais Verde", que trata do problema de casais casados que vivem imaginando e pensando o que seria se houvessem se casado com outra pessoa. Imaginam tais pessoas que com outro esposo ou outra esposa haveria o verdadeiro mar de rosas... porque a grama do outro lado da cerca parece ser mais verde. Ledo engano! Na verdade é apenas mais um Mito. Para haver uma mudança, ela deverá ser interior e não apenas uma complicada troca de cônjuge.

Resolvi aplicar a ideia base do livro para aplicá-la ao assunto escolha de pastores.
As igrejas locais "evangélicas", quando tratam de escolher pastores, vivem exatamente este Mito - caem na Carne! É duro termos que admitir isto...


Muitas vezes escolhem algum que consideram provisório até conseguirem "aquele". Vivem com "um", mas namoram outros. Sonham escolher aquele Pastor "fulano de tal", um "ban-ban-ban dos auditórios", um arrebatador de corações, tanto pelo aspecto físico como pelo palavrório. Além dos tais possuírem um "QI especial" - "aquele Que Indica" de peso. Ainda melhor se os tais se fizerem acompanhar de um séquito de fiéis seguidores - "a-clap" ou o "fã-clube". Isto causa "frisson".  Puro marketing pessoal dos tais.


Já tratei de um assunto paralelo neste Blog, minha primeira postagem em 2006, lá comento sobre a semelhança entre o Pastor e o Técnico de Futebol
Clique aqui para ler.


Existe um ditado popular, muito verdadeiro: "Aquele que desconhece a história, fatalmente irá repeti-la".

O leitor poderá perguntar: "Como é? Que tem a ver uma coisa com a outra?"

Registra a Bíblia que o povo de Israel desejava se parecer com os demais povos. Este povo andava sequioso para possuir um governante com "presença e finesse", digno de ser chamado "Rei de Israel".

Procuraram, procuraram e acharam o "lindo" (popularmente, o "boa-pinta"): Saul. Filho de pai rico e importante. Um figurão. Rapaz de fino trato!


Leia o relato sobre o "mauricinho* da Bíblia": I Samuel 9:1 e 2 

"Havia um homem da tribo de Benjamim, Quis (o pai dele) era rico e influente. - Tinha um filho jovem e bonito, chamado Saul. Não havia ninguém mais bonito do que ele entre todos os israelitas. Além disso, era mais alto do que todos. Quando estava no meio dos mais altos, ele aparecia dos ombros para cima."
Mais adiante, Deus apresenta a razão pela qual o povo receberia as consequências por sua atitude: I Samuel 10:19 e 24 

"Eu sou o Deus de vocês, o único que os livra de todos os seus problemas e dificuldades, mas hoje vocês me rejeitaram e pediram que eu lhes desse um rei."  Mesmo assim, Deus permite a realização do desejo do povo e manda Samuel ungir Saul como rei: "- ...Não há ninguém igual a ele entre nós. E todo o povo gritou: - Viva o rei!"

O povo que não busca espiritualmente em Deus passa a ser naturalmente CARNAL. E ainda se ofende, quando um profeta, pelo Espirito de Deus lhe fala a verdade!


O fim da história do Rei Saul mostra que a escolha não foi adequada. Ele foi substituído pelo homem segundo o coração de Deus - o Rei Davi. Este aparece até mesmo na genealogia de Jesus.


Reconheço que Deus é o Soberano Senhor de todo universo, mesmo assim permite alguns desejos aos homens.

Porém, as instituições eclesiásticas da atualidade que dizem cultuá-Lo, são humanas, limitadas e compostas de homens que nem sempre estão dispostos a ouvir e esperar a orientação de Deus. Estes, para prejuízo deles mesmos, "trançam seus pauzinhos" oram mas esperam o "QI" de algum chefão. Assim, Deus não interfere em suas escolhas, até permite.


O Apóstolo Paulo é curto e direto quando trata com crentes preconceituosos e que idolatram nomes: 
"Na verdade, irmãos, eu não pude falar com vocês como costumo fazer com as pessoas que têm o Espírito de Deus. Tive de falar com vocês como se vocês fossem pessoas do mundo (carnais), como se fossem crianças na fé cristã. Tive de alimentá-los com leite e não com comida forte, pois vocês não estavam prontos para isso. E ainda não estão prontos, porque vivem como se fossem pessoas deste mundo (carnais). Quando existem ciumeiras e brigas entre vocês, será que isso não prova que vocês são pessoas deste mundo (carnais) e fazem o que todos fazem? Quando alguém diz: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo", será que assim não estão agindo como pessoas deste mundo? Afinal de contas, quem é Apolo? E quem é Paulo? Somos somente servidores de Deus, e foi por meio de nós que vocês creram no Senhor. Cada um de nós faz o trabalho que o Senhor lhe deu para fazer: Eu plantei, e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer. De modo que não importa nem o que planta nem o que rega, mas sim Deus, que dá o crescimento." I Corintios 3:1 a 7


E você e seus lideres em sua comunidade, estão querendo aceitar aquele que o Espírito Santo lhes manda ou estão olhando os pastos dos outros, cobiçando o que os outros tem? Cada um tem suas próprias idiossincrasias. O que se vê nem sempre é o que parece. Você vai ficar sonhando com a grama verde do vizinho?

Receba de bom grado aquele que Deus te envia e o coloca à sua disposição! Ou vai querer que Deus permita um "Saul" para satisfazer o povo?


É meu caro, "dura é esta mensagem". Creio que Jesus diria pra você: "E você, também não quer se retirar?"



Até a próxima,
Caleb Castellani

* Se você quiser usar o termo, fique à vontade, eu nunca ouvi alguém classificá-lo assim. Mas que parece, parece! rsrs

02 setembro 2006

REABASTECENDO O PASTOR INTERIOR

As igrejas deveriam ter muito interesse na saúde espiritual de seus pastores.

Alguns meses atrás, eu participei da Conferência Nacional de Pastores, promovido em conjunto com a matriz da Christianity Today. Os organizadores da conferência pensavam que 800 inscrições seria uma estimativa otimista, mas, em vez disso, tiveram dificuldades para acomodar 1.700 pessoas, o que indica a necessidade de companhia e alimento espiritual de nossos pastores.

Há alguma profissão que exija mais e recompense menos? Um pastor gasta mais de vinte horas por semana para preparar um sermão e depois, na manhã de domingo, na melhor das hipóteses, ouve alguns paroquianos, à porta, dizerem educadamente: 'Bom trabalho, reverendo', isto é, contanto que ele não ultrapasse os 22 minutos destinados à pregação. Quando surge ocasião de uma avaliação formal do cargo, os pastores se vêem avaliados por bombeiros, vendedores e engenheiros, muitos dos quais não sabem quase nada sobre ministério. Essa miscelânea de leigos, a portas fechadas, vota sobre o salário a ser pago e o auxílio moradia, enquanto o pastor, sentado como um colegial, espera em outra sala.

O apóstolo Paulo afirmou o seguinte sobre o ministério: 'Somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio' (2 Co 5.20). Deus, realmente, faz seu apelo por meio dos instrumentos humanos, e, depois de minhas conversas com pastores, saio com ânimo renovado em relação aos obstáculos desse desafio. Eles empregam horas no aconselhamento pré-marital de sonhadores jovens apaixonados, e, dez anos mais tarde, aconselham esses mesmos casais, agora amargos antagonistas, ao longo do processo de divórcio. Eles confortam os doentes e oram corajosamente pela cura, mas, depois, encontram forças para ficar diante de parentes lacrimosos nos funerais.

Incitamos nossos pastores para atuar como psicoterapeutas, oradores, sacerdotes e ministro chefe executivo. Entretanto, eles, em conseqüência dessas exigências, têm de carregar uma carga singular de isolamento e solidão. O pastor não tem vida privada. Henri Nowen costumava dizer: 'Ao ser amigável com todos, ele, com freqüência, não tem amigos pessoais. [...]. O paradoxo é que ele, a quem foi ensinado a amar todos, na realidade, não tem nenhum amigo; ele que treinou a si mesmo a fazer orações mentais, não consegue, com freqüência, ficar sozinho consigo mesmo. Ao abrir-se para todo todos os de fora, não há espaço para o interno'.

Chamado para ser um 'outro Cristo'.

Durante uma viagem para Lancaster, Pensilvânia, jantei, certa vez, em uma casa de um amigo amish. Nessa ocasião, contaram sobre o método, pouco usual, para encontrar um pastor. Naquela região do país, poucos amishes chegam a ter escolaridade além do primeiro grau, e quase nenhum deles tem treinamento teológico. Toda a congregação vota em alguns homens (nessa denominação apenas homens devem se candidatar) que mostram ter potencial pastoral, e aqueles que recebem pelo menos três votos vão para a frente e sentam-se a uma mesa. Cada um deles tem um livro de hinos a sua frente, dentro do qual, de modo aleatório, é posto um cartão, e o homem que achar o cartão é o novo pastor no ano seguinte. Perguntei ao meu amigo amish: 'O que vocês fazem se a pessoa escolhida não se sentir qualificada para o cargo?'. Confuso, olhou-me e replicou: 'Se ele achar que é qualificado, não o queremos'.

Não recomendo o método amish para o chamado pastoral (apesar de haver intrigantes paralelos com o sistema de sorteios utilizado no Antigo Testamento), mas seu último comentário fez-me pensar. Certa vez, Thomas Merton disse que muito do que esperamos que pastores façam — ensinar e aconselhar os outros, consolá-los, orar por eles —, seria, de fato, responsabilidade do resto da congregação.

A vocação clara do pastor é ser uma pessoa de Deus, aquele que 'é chamado para ser um outro Cristo, em um sentido muito mais específico e íntimo, algo bastante distinto do que observamos no cristão comum ou no monge'.

O pastor é uma espécie de intermediário entre a misericórdia de Deus, e o trabalho do ministro é transmiti-la, e o terror do pecado. O pastor, graças a sua posição de conselheiro espiritual, conhece este último melhor que qualquer um de nós. Quanto à misericórdia — bem, isso é o que me preocupa.

Em nossa sociedade moderna, há uma fixação com as incumbências do trabalho e a competência na carreira, mas será que negligenciamos a mais importante qualificação de um pastor que é conhecer Deus? Mahatma Gandhi, líder de meio bilhão de pessoas, recusou-se a fazer concessões e não abriu mão de seu princípio de guardar toda segunda-feira como um dia de silêncio — mesmo no auge das negociações sobre a independência da Índia da Inglaterra. Ele acreditava que não honrar aquele dia de alimento espiritual o tornaria menos eficaz nos outros seis dias.

Gostaria de saber o quanto nossos líderes espirituais se tornariam mais eficazes, se o encorajássemos a separar um dia por semana para ter um tempo de reflexão silenciosa, meditação e estudo pessoal. Gostaria de saber o quanto nossas igrejas se tornariam mais eficazes se nossa prioridade número um fosse a saúde espiritual de nossos pastores — e não a eficiência deles.
por Philip Yancey

Tradução Lena Aranha
(recebido por E-mail)

24 abril 2006

ATITUDE? QUEM SE IMPORTA?

NÃO ME INCOMODEI !!!
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."

Martin Niemöller, em seu livro "Do Submarino ao Púlpito", 1933


Recebi o texto acima, enviado por meu amigo, Carlos Siebra.
Às vezes não temos as informações sobre a história. E muitos não sabem o que aconteceu nos bastidores dos tempos do Nazismo.
O autor dos versos acima foi o teólogo e Pastor Luterano, M. Niemöller (1892-1984), fundador do movimento anti-Nazista "Igreja Engajada". Leia mais sobre o Rev. Niemöller no site da Rádio Deutsch Welle: Clique aqui para ler

Ele retratou muito bem em seus escritos o fato de que a acomodação e a aceitação do Nazismo por parte dos protestantes alemães, foi um dos grandes motivos para que tal movimento se desenvolvesse na Alemanha. Anos mais tarde Niemöller tornou-se ferrenho opositor do Nazismo. Sua atitude em opor-se ao governo de Hitler, levou-o a ficar preso de 1937 a 1945.

O trecho é uma mensagem que faz muito sentido para mim. Vejo-o, também, aplicado em alguns outros contextos da vida.

Eu tenho facilidade de sentir a dor do meu próximo e tomo as dores dele.
Quando acontece comigo não tenho esta mesma predisposição.
Não disputo por causas próprias, mas pelas causas do meu próximo. É muito bom acreditar na lei da reciprocidade, assim como ensinou Jesus: "Como quereis que os homens vos façam fazei-o vos a eles" Lucas 6:31
Se está doente, marginalizado, com lutas e sem recursos, visito-o até vê-lo restaurado e faço o que posso pra minimizar suas dores.
Raríssimas foram as vezes que alguém comprou minhas lutas. Não nutro esta esperança, melhor mesmo esperar que Deus lute por mim!
Muitos se esquivam escondendo-se detrás de conveniências, de muitas tarefas e muitas desculpas esfarrapadas. Na verdade não querem se comprometer.
Preferem ficar assistindo, assim como acontece com os acidentes de trânsito. Todos querem ver, mas ninguém se envolve.
Aprendi com meus pais, que viviam na prática um cristianismo do compromisso com o que criam. Aprendi que ser cristão é empatia, comprometimento.
Como meus pais, também NÃO tenho a característica de deixar passar e ficar olhando as coisas acontecerem ao meu redor.
O texto de Niemöller, é uma confissão de alguém que percebeu que deveria ter tomado uma atitude antes em favor do próximo.

Uma triste realidade do que aconteceu na história da Alemanha.

Releia o texto e veja se sua acomodação não virá um dia a ser um grande problema para você.
O indivíduo que não se incomoda, com certeza a vez dele chegará e já não haverá mais ninguém para se importar.

APRENDA A TER ATITUDE !!!

Até +,
Caleb Castellani

13 abril 2006

SPURGEON - ALIMENTANDO AS OVELHAS OU DIVERTINDO OS BODES?


Caros amigos,


Há uma urgente necessidade de que a velha, mas sempre atual, reflexão de Spurgeon, seja lida e conhecida da nova geração de crentes nas mais diferentes denominações eclesiásticas.
Este alerta está cada vez mais atual!
Em tempos em que muitas igrejas mais parecem agência de Turismo, Entretenimento, Shows, Showmícios e Cia! Muitas delas são verdadeiras "imprejas" e são como verdadeiros pontos comerciais!
Que Deus continue usando este texto do Pastor Spurgeon, com poder e graça em sua vida, querido leitor.
No amor de Cristo, Pastor Caleb


ALIMENTANDO AS OVELHAS OU DIVERTINDO OS BODES?
"Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber.

Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.

Meu primeiro argumento contra tal tipo de prática é este: As Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15) — isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: “E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do Evangelho”, assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus.


E mais: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires.

Digo mais: Prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? “Vós sois o sal”, não o “docinho”, algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!

Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: “Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!” 



Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. 


Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das Cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam de outros instrumentos.

Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição foram a muitos lugares pregando o Evangelho. Eles “transtornaram o mundo”. Essa é a única diferença!



Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos antigos apóstolos*.

Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical.

A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do Evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz.


A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produza devoção verdadeira no íntimo dos convertidos."



Por Charles H. Spurgeon, pastor batista, que nasceu em 1834 e morreu em 1892.


*  Nota do Pr. Caleb: Entenda-se "antigos Missionários"